domingo, 6 de maio de 2012

Esses caras... Meus caras

Que amor é esse que me consome? Que saudade é essa que me paralisa? Que tempo é esse que não corre? Que lugar é esse que não é o meu? Que cama é essa que não é a minha? Que ausência é essa que é tão presente? Que corpo é esse que não se sente? Ele tem forma, tem olhos e sorrisos tristes, tem palavras bonitas, tem música, tem sentimentos, sente saudades... Pode ser mas não pode estar. Sinto falta dessa presença, do calor do corpo sólido, da maciez dos seus lábios, dos seus beijos, dos seus dentes, de sua barba mal feita em meu cangote, acendendo minha fogueira, me arrepiando e fazendo gemer, fazendo tremer minhas pernas, me fazendo querer seu sexo, seu corpo, seu coração... por vezes quis transferir meu peito pro seu pra que você sentisse a cada batida o quanto te quero... Te quero... Te quero... Te quero! Se isso tem um nome deve ser amor, se amor é isso está provado que ele existe, que é possível amar, que amar não é só felicidade, traz consigo dores e delícias, e eu estou cansada de tanta dor, mas sei que nosso momento está chegando e estaremos mais fortes que nunca, sabendo que queremos viver todas as delícias desse amor. Estou pronta! Para voltar, pra te reencontrar, pra te ter de volta, pra recomeçar, pra te amar. Xu, te amo!
Esse cara, ah esse cara... Esse cara chegou de mansinho, não era sua hora mas ele teimou, ocupou e resistiu, ocupou espaço no meu ventre, foram tantos sentimento conflituosos, não era minha hora, mas era a hora dele, e ele veio... Chegou pequeno e indefeso, junto com ele nasceram pai e mãe, e não sabíamos se seríamos capazes de ser-los, o que fazer com aquele “serzinho” quando sequer havíamos começado nossas vidas? Mas ele foi esperto, aprendemos com a ter sensibilidade e descobrir suas necessidades, crescemos juntos, um ensinando ao outro, ele nos ensinando a ser pai e mãe, e nós o ensinando a ser filho, e não é que ele aprendeu direitinho! Meu filho, que quero tanto, que amo tanto, que por vezes o deixei para cuidar da vida, mas saiba, não foi abandono nem egoísmo, fiz pra aprender e ensinar que a vida vai alem das portas de nossa casa, nossa escola, nosso trabalho. A vida é mais, o mundo é mais... Fui pra ensinar que quando queira partir pro mundo, este estará lá de braços abertos com todas as possibilidades, todas as dificuldades, toda sua aspereza e hospitalidade, quando estiver pronto para provar do mundo, prove! Independente do mundo que se apresente, sempre haverá uma lição a ser aprendida. Viva! Para não ter motivos para se arrepender por não ter feito. Se houver arrependimento que seja pelo que foi feito, nunca pelo que deixou de fazer... Amar é mais que proteger, amar é ensinar a caminhar e deixar cair, sofrer faz parte da vida, dói mas passa. E claro que seja por um tempo determinado, o sofrimento eterno é burrice, não insista nele... Sofra o suficiente pra aprender a lição, aprendeu? Parte pra outra. Não tenha medo de perder, lute! Não tenha medo de sofrer, ame! Não tenha medo de cair, ouse! Essa criaturinha cresceu, se fez homem, é maior que eu...Pode? É lindo! É Homem no melhor sentido da palavra, é honesto, é valente, é solidário, é doce, é amigo, é digno, é falho, não é perfeito, é humano e tem todos os defeitos dos demasiadamente humano. As vezes pensa que é meu pai, as vezes me sinto sua filha... Tenho uma admiração por essa figurinha, que de verdade penso: É, acertamos! Fizemos apenas ele, mas ele sozinho vale por muito, preenche nossos corações com seu amor, seu carinho, suas dúvidas e incertezas, companheiro, está sempre presente, segura nossas barras, nos protege, nos cuida, nos salva a vida! Esse cara é o meu negão, meu coração de melão, o cara que me salvou a vida, que eu amo tanto... Esse cara é meu filho Rafael.