Um lugar de reflexões, ficções, fixações, pós-verdades, e um bocado de imaginação. Desde agosto de 2008 como caderno de notas do doutorado, e depois disso passou a contar minha história vivida, este espaço guarda meus recuerdos pois não me desfaço das pessoas, nem de nossas histórias, seguimos caminhos distintos, mas a vida deixa rastros... Seguirei escrevendo novas histórias. Com liberdade e muito amor que é o que importa. Bem vindos!
quarta-feira, 5 de maio de 2010
O retorno da Deusa. Em grande estilo.
Sábado, 23 horas, chuva que Deus mandava, saimos de Candeias com destino ao Alto do cèu, periferia norte, Clube Bela vista.
Grande retorno de Michelle Melo ao Brega, mais especificamente à Banda Metade. Chovia muito, o que comprometeu a quantidade de público, mas não comprometeu em nada o retorno da "Deusa".
De cima do seu salto 22 a deusa chega pelo "oitão" do clube, um beco escuro e pedregoso, escoltada por seus produtores e sua fiel escudeira Poli Cristina. Traz consigo uma mala de viagem imensa, e nela o o figurino novo: corpete vermelho e preto, peruca vermelha, cinta liga preta. Antes de mudar de roupa a diva recebe seus fãs no camarim, uma fila enorme se forma do lado de fora e um a um os fãs entram para declarar seu amor à musa inspiradora.
Ela em seu corpo voluptuoso e cheio de curvas recebe cada um deles de braços abertos e sorriso no rosto. " Eles não me abandonam!" Recbe beijos e abraços calorosos, presentes, declarações de amor em forma de tatuagem, um coração fechado com a frase "Eternamente Michelle Melo".
A iluminação do palco é precária, por causa da chuva as luzes de frente não podem acender, o que compromete um pouco o visual do show. Mas quando a deusa sobe ao palco e começa a cantar, acochada em seu corpete vermelho, o público lança mão de suas armas: celulares e câmeras fotográficas digitais onde gravam e fotografam todos os momentos daquele retorno histórico de Michelle Melo ao Brega. É lógico, no dia seguinte tudo estará na internet, youtube, orkut e comunidades afins.
Michelle canta seus maiores sucessos levando o público, que canta junto, ao delírio. Canta parte do seu novo repertório, ainda pouco explorado, mas já na boca dos fãs. Ela sobe, desce e rebola com destreza, sem muitos problemas com os quilinhos a mais. Desencanada, exerce do alto do palco todo seu poder de sedução, inspirando mulheres, desafiando os olhares do homens e encantando o público gay, fãs que chegam aos seus pés para tocá-los, como se fosse uma santa so pé do altar.
Pausa para ir ao banheiro. Pequeno, apertado, e embora muito cheio a disputa maior não era pelo mic. mas sim pela pia, para ser mais precisa, pela torneira. Eram seis na fila do xixi e dez na da pia para molhar os cabelos. Havia disputa também pelo papel toalha para enxugar-los posteriormente. Ingenuamente perguntei por que? "Porque não temos cabelo bom que nem o seu" molham para tirar o volume e ficar soltinho. Ou seja, o movimento dod cabelos e seu volume podem comprometer o andamento da noite delas.
De volta ao show lá está Michelle, convidando um homem, "HOMEM", da platéia para passar no "teste da grade", sobe no palco uma grade em forma de cruz, e um homem começa a ser atado nela. Michelle começa a cantar e literalmente roçar seu corpo, boca, pernas, mãos, no corpo do indivíduo esperando uma reação. Enquanto isso a platéia atônita grita: " ESSA COCA É FANTA!!!". Ela recomeça seu exercício de sedução, desta vez com mais afinco, e nada, o rapaz não esboça nenhuma reação aparente. O que poderia sugerir um baixo poder de sedução, pela reação do público, segere "defeito de fabricação" do rapaz. Ela o liberta, diz algo em seu ouvido e dá uma gargalhada. Deixa seu parceiro de banda comandar o show e vai trocar o figurino.
O show com seu parceiro fica meio morno, mas na segunda música pra alegria geral da nação, ela retorna com uma blusa preta com Madonna estampada na frente, curta e decotada e mais uma vez dá um show de provoações no palco.
Michelle Melo o ídolo popular que encanta mulheres e homens, sejam lá quais forem suas preferências sexuais, representa a sensualidade e a sedução popular, com um corpo popular "rabelaisiano", livre de complexos, pudores e preconceitos, símbolo de fartura de carne, sexo gostoso e de felicidade.
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2 comentários:
Hola,
¿quién es tu director de tesis?
Lorite?
Si, Lorite.
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