Um lugar de reflexões, ficções, fixações, pós-verdades, e um bocado de imaginação. Desde agosto de 2008 como caderno de notas do doutorado, e depois disso passou a contar minha história vivida, este espaço guarda meus recuerdos pois não me desfaço das pessoas, nem de nossas histórias, seguimos caminhos distintos, mas a vida deixa rastros... Seguirei escrevendo novas histórias. Com liberdade e muito amor que é o que importa. Bem vindos!
sábado, 7 de novembro de 2009
O inacreditável fenômeno das marcas
Mais uma noite de pesquisa, desta vez em Barra de Jangada, ritmo de festa, a avenida tomada de gente, carros e ônibus se espremem para passar entre a multidão.
Noite de pagode e brega, fenômeno novo: Muitos jovens, o público predominante, rapazes jovens. Na verdade tinha gente de tudo que é idade, cor, credo, classe, mas me chamou atenção o fato de ter tantos adolescentes, muitos deles não entraram na festa, ficam o lado de fora tomando cerveja, talvez porque lá dentro seja proibido vender bebida a menores.
Entre eles muitas coisas em comum, a faixa etária, o gel no cabelo, o boné na cabeça, e as roupas de surf “de Marca”, não dá pra saber ao certo se é original ou pirata, muito embora nas pesquisas que tenho feito 98% dos entrevistados admitam usar produtos piratas, CDs DVDs , roupas e acessórios, jogos e softwares, eles desfilam e ostentam o fato de vestir “Quicksilver”, “Ciclone”, também tem as marcas “B” e “C”, como Rota do Mar e República do Surf. Outra semelhança é o fato de muitos deles ostentarem capacetes estrategicamente pendurado no braço, as garotas levam sempre um capacete rosa, é como se fosse um grande sinal de status estar de moto, mesmo que seja na garupa.
As mulheres não tem tanto assim um padrão de vestir, a não ser a roupa justa, e o vestidinho com brilho, lantejoula, paetê, sei lá! Mas tem roupa para todos os gostos, curtas, longas, largas, justas, não dá para perceber a questão da “marca” que é tão visível nos homens, mas percebe-se o cuidado que tiveram ao arrumar-se para ir ao brega, unhas feitas, cabelo na chapinha, roupas na organização, “pra ficar bonita pros gatinhos”.
Achei a festa melhor do lado de fora que de lado de dentro, mas isso é opinião minha, não vale! Dentro rolava um pagode e as pessoas desciam até o chão, grupos de homens, grupos de mulheres, grupos mistos, grupos gays, havia de tudo... estava lotado. A essa altura, meia noite, já havia muitos bêbados, apesar de ainda ter muita gente do lado de fora para entrar, uns chagando enquanto outros já estavam pra lá de Bagdá.
Eu ia esperar as bandas de brega chegar para entrevistá-los, mas estava muito cansada, e o barulho me incomodava, fora que eles iam chagar em cima da hora de se apresentar, ia ser uma correria danada e possivelmente não conseguisse falar com eles optei por não fazer, deixei para uma próxima com mais calma.
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