Fui lá, matei a cobra e mostrei o pau… Mostrei??? Sei lá.
Voltei a Barcelona para concluir a fase de qualificação do doutorado, lá passei por dois tribunais,o primeiro deles com apresentação do trabalho de investigação realizado nesse ano e meio que passei no Recife, metida nas periferias, freqüentando os bailes de Brega, conhecendo os personagens que fazem parte do movimento, artistas e consumidores, suas práticas produtivas, suas duras rotinas e o prazer e a dignidade com a qual realizam seu trabalho. Para mim foi surpreendente e engrandecedor conhecê-los. Resultado da pesquisa? Nota máxima: Excelente!
O segundo tribunal foi a defesa do projeto de tese e as possibilidades de acabar o trabalho de maneira satisfatória no prazo por mim estipulado, avaliando meu potencial investigador e a coerência de ideias, propostas e fundamentação teórica sobre o tema. Esse foi mais foda, eles agiram como advogados do diabo, são pessoas que eu não conhecia, não conheciam meu tema, e castigaram nas questões, foram extremamente duros, mas coerentes, me abriram os olhos para a imensidão de abordagem que o objeto de estudo me permite, e que eu deveria delimitá-lo melhor sobre pena de não conseguir fazer um bom trabalho com um tema tão vivo e instigante. E é o que pretendo fazer nesses próximos meses de trabalho definir o foco e reiniciar os trabalhos.
Em Barcelona tive novamente a oportunidade de reencontrar amigos, e conhecer gente nova. Morar fora é sempre uma aventura e nos proporciona surpresas boas e não tão boas. Vivi com gente maravilhosa em todas as minhas idas e vindas. Senti saudades, sofri, mas vivi experiências únicas.
Barcelona é uma cidade que te proporciona a embriaguez constante, tem sempre alguém disposto a sair e tomar todas contigo, e quando fazes muitos amigos, oportunidade para isso não falta. Bebi, bebi muuuuuuuitooo. E foi bom... Exorcizei todos meus demônios voltei pra casa leve como um passarinho. Estar entre amigos é sempre gratificante, estamos sempre aprendendo com cada um deles e descobrindo a riqueza de alma dos seres humanos, ainda podemos confiar neles. Sentirei falta...
A surpresa ruim ficou por conta do roubo/perda??? Do meu passaporte, que só dei conta há horas do meu vôo, foi horrível, uma aventura digna de um “peliculón” candidata a Oscar de melhor roteiro.
Gente como eu não sai impune desta vida né.
Sempre ha de acontecer algo. Pois senta que lá vem a história:
Aprontando as malas no corredor para esperar o taxi que me levaria ao aeroporto, vou pegar a pasta com meus documentos, cadê??? Passaporte, identidade, carteira do consulado, matrícula da Universidade, cartão de crédito sem crédito...
Fiquei louca, abri as malas mesmo sabendo que não estavam lá, eu não tinha guardado a porra. Mas por desencargo de consciência abri! Nada... Fui tentando lembrar a última vez que saí com a pasta. Fui a Uni na quarta me matriculei, levava a pasta.
Fui no Hospital na seqüência buscar as receitas da insulina, estava com ela. Fui na farmácia comprar a insulina... Pronto, perdi! deve ter ficado na farmácia, ligamos pra lá disseram que lá não estava, pensei: Vai que liguei pra farmácia errada?
Peguei o metrô para ir no hospital e na farmácia ver se deixei por lá. NADA!
Desespero do carai. O cara da farmácia ouviu a conversa e disse se ficou lá alguém levou antes deles encontrarem, mas corra na comissaria faça uma denuncia de roubo e eles vão dizer o q vc tem que fazer.
Fui na Calle Marina, sai correndo feito uma doida, e a porra não chegava nunca. Peguei um taxi o motorista me deixou num posto policial, lugar errado, há oito quadras da comissaria, não aguentava mais correr. Outro taxi. Fiz a denuncia e me deram endereço do consulado Av. Diagonal 246. Chego no consulado as 11:15h vôo as 12:45. Explico que me roubaram o todos os documentos e não tenho como voltar e meu vôo sai em hora e meia, furei a fila de 12 pessoas. Todos querendo me matar, só não me chamaram de arroz doce. Meia hora no consulado, o cônsul assinou um “permiso de regreso a Brasil” que permite viajar sem documentos, mas fico retida na Polícia Federal aqui pra explicar tudo. Em resumo cheguei no aeroporto 15min pro vôo, fiz check in, corri com mochila, computador, câmera pelas escadas rolantes, levava um copo de salada de fruta na bolsa pra comer, cai na escada foi uva pra todos os lados. No fim de tudo o vôo atrasou hora e meia pq Obama estava no céu de Lisboa e não podíamos decolar. Isso é só resumo.
O que interessa é que cheguei em casa com a missão cumprida com excelência. Estamos todos bem, e rindo da situação. Vou escrever um roteiro e ganhar um Oscar...
Um lugar de reflexões, ficções, fixações, pós-verdades, e um bocado de imaginação. Desde agosto de 2008 como caderno de notas do doutorado, e depois disso passou a contar minha história vivida, este espaço guarda meus recuerdos pois não me desfaço das pessoas, nem de nossas histórias, seguimos caminhos distintos, mas a vida deixa rastros... Seguirei escrevendo novas histórias. Com liberdade e muito amor que é o que importa. Bem vindos!
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Agradecimientos, a todos que de alguma maneira contribuiram para essa investigaçao.
Agradecimientos
A mi marido e hijo, Ricardo y Rafa por la dedicación, paciencia, incentivo, confianza y amor sin límites.
A mis padres, Amaro y Dinalva por la fuerza, confianza, apoyo emocional y financiero.
A mis hermanos Fábio y Marcus por apoyar esta causa, y confiar en mi capacidad.
A Viviana Veras, compañera de tantos caminos, presente en todos los pasos de este desafío, por todo apoyo.
A Felipe Ugalde, hermano de alma, por su ayuda y amistad.
Regina Clara y Edurne, que cruzaron mi camino en Salamanca, por la amistad y colaboración.
A Paulo Cunha (UFPE), por ayudarme cada vez que necesito referencias, por la confianza y apoyo.
A mi director de tesis Dr. Nicolás Lorite por todo lo que hice para ayudarme y por creer en mi objeto de estudio.
A los amigos, alumnos, artistas y público que de alguna manera colaboró con la investigación: Pollyanna, Luca, Rafa Soares, Aninha, Gabi, Kat Pedrosa, Lu Cláudia, Eveline Vermelha, Michelle Melo, Kelvis Duran, Rodrigo Mel, Carlinha (Kitara), Nino, Carlinhos 100%, Paulo Márcio, Reginaldo Rossi, Alinne, seguidores del blog: http://pvelozo.blogspot.com
A todos los “bregueiros”, los “caça ratos”, los “raparigueiros”, los “lanchinhos”, todos que forman parte de la “fauna” del Brega.
A todos los que acompañan e incentivan cada paso de mi saga por el doctorado.
A mi marido e hijo, Ricardo y Rafa por la dedicación, paciencia, incentivo, confianza y amor sin límites.
A mis padres, Amaro y Dinalva por la fuerza, confianza, apoyo emocional y financiero.
A mis hermanos Fábio y Marcus por apoyar esta causa, y confiar en mi capacidad.
A Viviana Veras, compañera de tantos caminos, presente en todos los pasos de este desafío, por todo apoyo.
A Felipe Ugalde, hermano de alma, por su ayuda y amistad.
Regina Clara y Edurne, que cruzaron mi camino en Salamanca, por la amistad y colaboración.
A Paulo Cunha (UFPE), por ayudarme cada vez que necesito referencias, por la confianza y apoyo.
A mi director de tesis Dr. Nicolás Lorite por todo lo que hice para ayudarme y por creer en mi objeto de estudio.
A los amigos, alumnos, artistas y público que de alguna manera colaboró con la investigación: Pollyanna, Luca, Rafa Soares, Aninha, Gabi, Kat Pedrosa, Lu Cláudia, Eveline Vermelha, Michelle Melo, Kelvis Duran, Rodrigo Mel, Carlinha (Kitara), Nino, Carlinhos 100%, Paulo Márcio, Reginaldo Rossi, Alinne, seguidores del blog: http://pvelozo.blogspot.com
A todos los “bregueiros”, los “caça ratos”, los “raparigueiros”, los “lanchinhos”, todos que forman parte de la “fauna” del Brega.
A todos los que acompañan e incentivan cada paso de mi saga por el doctorado.
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